Como cidadãos, sabemos da necessidade e do cuidado ao meio ambiente como promoção de um desenvolvimento sustentável. Mencionar sustentabilidade é, sem duvidas, um dos assuntos mais importante atualmente, pois é a prática de preservar o meio ambiente, a fim de não comprometer as gerações futuras, por meio, de extrações dos recursos naturais e degradação do meio.

          Pensando nesse contexto, a Usina Atena – Tecnologia em Energia Natural, com o dilema entre crescimento econômico e sustentabilidade, busca a conscientização implantando medidas da chamada Responsabilidade Socioambiental. Entende-se por Responsabilidade Socioambiental, um conjunto de programas que envolvem ações, adotadas por empresas de pequeno a grande porte, promovendo o bem – estar social de seus públicos interno e externo, que tem como finalidade o processo de mudança, abrangendo comportamentos éticos e morais, que valorizem os recursos naturais do meio.

          Conhecidas como “APP”, as Áreas de Preservação Permanente conforme a lei Nº 12651/2012 do Código Florestal Brasileiro, são áreas protegidas por vegetação nativa com o objetivo principal da preservação dos recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, assegurando o bem-estar das populações humanas.

          Do ponto de vista dos especialistas em meio ambiente, as vegetações das APPs desempenham papéis importantes, ecológicos na proteção dos recursos hídricos, nas diversidades de espécies nativas e animais, no controle de erosões no solo e conseqüentemente assoreamentos e poluição dos cursos d’ água. Este tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitando degradações nos leitos, desta forma garante o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida.

          Visando a preservação do meio ambiente a Usina Atena procura manter o cumprimento destas áreas de acordo com a legislação, assim, todas as propriedades e arrendatários em parceira com o viveiro da própria usina estão passando por um processo de recuperação visando assegurar o bem-estar e ressaltando a importância que essa área representa neste meio, por se tratar de estar presente dentro do setor sucroalcooleiro, onde ainda existe esse paradigma que é levado em consideração à idéia de produção desenfreada.

          Dentre as APPs que estão em processo de recuperação, destacamos uma área que está localizada na fazenda Brasilândia talhão 122, no município de Martinópolis, São Paulo, esta área foi cedida para tese do trabalho de conclusão de curso das alunas da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), graduandos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, com o objetivo a adequação da área de preservação permanente de acordo com o novo código florestal Lei Federal 12.651/12.

          No local, havia a pressão por sucessão de mato do tipo Brachiaria (Brachiaria decumbens) e Capim-guiné (Panicum maximum), onde foram adotados métodos para retirada e minimização, com o capina e dessecação local. Foram realizadas análises de solo para verificar o grau de fertilidade, buscando um embasamento na melhoria da fertilidade e correção, adequando a dosagem de adubo, para o espaçamento foi adotado o de 2×3 com covas de 0 a 25 cm e 25 a 50 cm de profundidade.

          O plantio foi realizado no mês de Outubro do presente ano, onde contamos com o auxílio de 15 colaboradores da Usina Atena, sendo todos direcionados a partir do processo de abertura das covas, manuseio de adubos, retirada das espécies nativas dos tubetes, distribuição das espécies respeitando a ordem para melhor desenvolvimento, plantio, controle de insetos, envelopamento, irrigação.

          Ressalto que para o sistema de envelopamento adotamos um método novo que já está sendo executado sob análise para implantação em algumas áreas de preservação permanente, com a finalidade de impedir o crescimento de ervas daninhas e ataques de insetos no colo da planta, induzindo dessa forma um coroamento permanente.

          A formação de uma floresta contribui para a proteção do solo que sofrem impactos diretos da chuva e com isso evita a erosão. Estima-se que 80% das terras paulistas sofram algum tipo de erosão, causando perdas anuais aproximadamente de 200 milhões de toneladas de solo e destas, 45 milhões chegam aos mananciais. As árvores absorvem e retém a maior parte dos nutrientes necessários ao seu crescimento das chuvas e poeira.

          Concluímos que, a presença de uma área de preservação permanente ao redor de propriedades rurais, além de enriquecer a biodiversidade local, ajuda a controlar o surgimento de pragas, reduzindo desta forma a necessidade de defensivos, visto que, essa pratica busca manter o ambiente em equilíbrio retornando uma qualidade de ar eficaz.

Caroline dos Santos Melo

Estagiária no setor de Engenharia Ambiental e Sanitária